Recentemente um artigo da Harvard Medical School revelou que Pela primeira vez, cientistas conseguiram “escutar” a conversa entre bactérias individuais, as células imunológicas e os genes que são especificamente expressos ou bloqueados do intestino.

Para entendermos melhor, o intestino humano é o lar de cerca de 100 trilhões de bactérias, compreendendo entre 250 e 500 espécies. Este conjunto de organismos, conhecido como microbiota intestinal, é um poderoso regulador da doença e da saúde e tem sido implicado em condições que vão desde a doença inflamatória intestinal à esclerose múltipla.

Pesquisas anteriores analisaram as ligações entre a doença e a presença ou ausência de certas classes de bactérias no intestino. Em contrapartida, a equipe de Harvard analisou uma bactéria de cada vez e seus efeitos em quase todas as células imunes e genes intestinais, conseguindo uma compreensão mais detalhada da influência das bactérias nestes processos. Além disso, a equipe afirma que esta abordagem pode ajudar os cientistas a detectar moléculas que possam ser usadas terapeuticamente para afinar certas respostas imunes.

Quando os pesquisadores analisaram os efeitos bacterianos sobre os genes que regulam a atividade das citocinas – moléculas sinalizadoras responsáveis ??pela indução da inflamação em resposta à infecção, câncer e outras doenças – eles observaram mais uma vez a mesma dinâmica de equilíbrio: algumas bactérias impulsionaram a atividade desses genes enquanto outras reduziram. Isso quer dizer que identificando essas moléculas é possível fazer um tratamento muito mais individualizado e eficiente ao paciente.

Paulo Salustiano – Médico
CRM-MT 4110

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