Todo mundo sempre ouve falar sobre os hormônios femininos, principalmente durante a época de maior alteração durante a tensão pré-menstrual, a famosa TPM. Mas o que pouca gente sabe é que os homens também são afetados por hormônios, especialmente pela testosterona. A medida que os homens envelhecem, os níveis de testosterona baixam gradualmente, normalmente até 1% por ano depois dos 30 anos de idade.
Uma pesquisa publicada no Journal of Sexual Medicine envolveu 200 homens com idades entre 20 e 77, com uma idade média de 48 anos, com níveis limítrofes de testosterona total entre 200 e 350 ng/dL. As informações recolhidas incluíram dados demográficos, histórico médico, uso de medicação, sinais e sintomas de hipogonadismo (queda da testosterona), ou seja, sintomas decorrentes de baixos níveis hormonais e avaliações de sintomas depressivos e/ou um diagnóstico conhecido de depressão ou uso de um antidepressivo.
Depressão e/ou sintomas depressivos estavam presentes em 56% dos indivíduos. Além disso, um quarto deles que estavam ingerindo antidepressivos, tinham altas taxas de obesidade e baixos índices de atividade física. Os sintomas mais comuns foram a disfunção erétil, diminuição da libido, menos ereções matinais, baixa de energia e distúrbios do sono.
No Brasil, a testosterona é empregada na forma injetável intramuscular, assim como por meio de géis e adesivos cutâneos. As injeções intramusculares disponíveis no país podem ser aplicadas com intervalos de três semanas ou três meses, enquanto as aplicações em géis ou adesivos devem ser usadas diariamente.
O acompanhamento médico é essencial, a fim de garantir tanto o sucesso e evitar complicações.
Paulo Salustiano – Médico
CRM-MT 4110