Na última semana, uma nova pesquisa foi divulgada pela revista científica European Heart Journal e comandada pelo Hospital Universitário Gentofte, de Copenhague, e sugere que o uso de alguns tipos de anti-inflamatórios analgésicos não-esteroides, como o ibuprofeno e o diclofenaco, podem aumentar o risco de doenças cardíacas quando ingeridos em grandes doses.
Os resultados foram bem claros e apontaram que, para cada mil pacientes analisados, o risco de ataque cardíaco aumentava de 8 para 11 por ano. Também foram registrados quatro casos adicionais de falência cardíaca e uma morte, além de casos de sangramento no estômago.
Ainda segundo o estudo, e sendo mais exato, o aumento do risco de parada cardíaca com o uso do ibuprofeno é de mais de 30%. Já o uso do diclofenaco pode aumentar a incidência do problema e de derrame em 50%.
Mesmo em doses mais baixa, o uso resultou num aumento de 22% do risco de um evento cardiovascular. Além de aumentar a pressão arterial e aumentar o tempo de coagulação, agora há evidências de que os inibidores da COX-2 podem causar o endurecimento das artérias, mesmo em pessoas saudáveis ??do coração. Na verdade, os pesquisadores disseram que não podiam encontrar qualquer dose da droga que seja suficiente para não aumentar significativamente o risco cardiovascular.
Esses medicamentos em pequenas quantidades podem ser comprados em farmácias sem receita e o uso prologado também causa graves prejuízos para a saúde. No Brasil, assim como em todo o mundo, o uso acaba sendo indiscriminado.
Por essas e por outras razões que a prevenção das doenças e estratégias diferentes de tratamento são as melhores soluções, sempre com acompanhamento de perto de um médico.
Dr. Paulo Salustiano
CRM-MT 4110