O século 21 tem sido marcado, dentre outras tendências estéticas, pela obsessão com o peso e a preocupação que ele esteja acima do
padrão e do recomendado, clinicamente. Como solução para essa demanda cada vez mais popular e abrangente, surgiram, em todos os veículos imagináveis, mas especialmente nas redes sociais, a febre das dietas.
Uma dieta consiste na alteração de determinados hábitos alimentares e/ou na implantação de outros, em um curto período de tempo, afim de alcançar determinado objetivo.
Após uma cirurgia delicada, o médico responsável pode sugerir uma dieta específica a ser seguida com o objetivo de ajudar na cicatrização da área operada e evitar infecções. No cenário que discutiremos a frente, o objetivo das dietas é diminuir o próprio peso.
As dietas para perder peso podem apresentar diferentes características, como: jejum, alimentar-se apenas uma vez ao dia, retirar alimentos ricos em carboidratos (ou outros nutrientes) da alimentação, comer apenas determinado prato em todas as refeições, dentre outras coisas.
É a partir dessas características que surgem as problemáticas com a dieta.
Fazer uma dieta não é, por si só, algo negativo. Porém, grande parte das dietas mais famosas atualmente incentiva hábitos negativos de alimentação, que podem causar diferentes danos para a saúde.
Observe abaixo alguns exemplos de dietas e seus danos para a saúde:
1. Dieta do ovo cozido: bastante conhecida em Hollywood, a dieta consiste em alimentar-se apenas de 3 ovos por dia, um por refeição (café da manhã, almoço e jantar). Consumir até 500 calorias por dia já é considerado um hábito de risco para a saúde. 3 ovos somam apenas 210 calorias.
Quem opta por essa dieta corre risco de entrar em coma em pouco dias, graças a deficiência total de nutrientes no organismo. Em alguns casos, a pessoa pode até mesmo morrer, de maneira inesperada, após tamanha privação alimentar.
2. Dieta da papinha de bebê: como pode-se imaginar pelo nome, essa dieta consiste em alimentar-se apenas do alimento pronto para infantes. Ironicamente, essa dieta ocasiona, além dos óbvios malefícios de restringir a alimentação para apenas uma papinha de legumes, o aumento do apetite, fazendo com que aumente a fome de quem a segue.
Papinhas não são recomendadas para alimentação exclusivas nem mesmo para os bebês. O efeito de trocar uma refeição completa por papinha de bebê é exclusivamente negativo, podendo causar a morte em pouco tempo.
3. Dieta do passarinho: essa última dieta consiste em igualar a própria alimentação a de um pássaro, ou seja, comer apenas grãos. Mesmo que essa dieta apresente uma diversidade maior de alimentos, ela ainda é bastante restritiva e ignora que o corpo humano precisa de diversos nutrientes, a maioria não encontrada em grãos. O resultado, quando seguida por algumas semanas, é o mesmo das anteriores: a morte.
É a alimentação que provém para o corpo toda a energia e nutrição necessárias para seu funcionamento. Uma alimentação de risco, que despreze a importância da diversidade de nutrientes essenciais para o corpo, é uma sentença de morte anunciada.
Dietas malucas e perigosas podem e irão causar o emagrecimento, mas trarão consigo um desgaste físico tão grande, que será impossível para o indivíduo aproveitar sua perca de peso. Quando não revertida a tempo, muitas dessas dietas provocam a morte por inanição. Do que adianta emagrecer 10 kg em duas semanas se você não terá força física ou psicológica suficiente para aproveitar a sua vida.
Dietas realmente funcionam? A resposta é não.